Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008

Xii, tou feita!

Normalmente eu rio-me deste assunto, mas isto é coisa séria, hein?!

 

Raparigas com 18 anos ou mais, acautelem-se e tomem atenção! Este texto é para vós! (Mas, rapazes, atenção a vós também, isto implica todo o mundo!)

Disse-nos o nosso professor de Psicologia - um senhor já pró velhote, barrigudozinho, de óculos-fundo-de-garrafa, pouco cabelo, sotaque brasileiro, tendência para falar pelos cotovelos e ideias contraditórias e meio-amalucadas - que raparigas da idade que referi que não tenham, actualmente, um namorado... têm, nada mais nada menos, (e resumidamente)... uma doença mental! É isso mesmo! Quem não tiver namorado... toca a procurar psicólogo que vos acompanhe devidamente, porque o caso é bicudo!

E nada de irem a correr arranjar um namorado qualquer, hein?! Pelos vistos, os requisitos para se ser mentalmente saudável são:

* Que o dito rapaz seja mais velho que vocês;

* Que, de preferência, não esteja na mesma turma/curso, uma vez que isso não parece nada bem;

* Não precisam de gostar muito dele, porque - e isto são palavras precisas do meu professor - "mais vale mal acompanhado que só!";

* Não devem, portanto, esperar que apareça o príncipe encantado, mas aceitar convites aqui e ali e 'ir tendo' namorados, porque não é saudável ter só um e esperar que vá ser ele o pai dos nossos filhos;

* Apesar dos dois pontos anteriores, contribui para uma higiene mental adequada o facto de terem uma relação afectiva estável (não entendo, no entanto, como, se não podemos ter só um namorado ao longo da vida, mas sim vários...); 

* Devem praticar 'o amor' com bastante frequência, mas atenção, meninas, só se gostarem meeesmo muuuito do dito rapaz, "não vão no jogo dos homens", referiu o [pseudo]sábio senhor.

* ... 

 

Enfim... eu podia estar aqui a referir um sem-número de coisas que o meu Professor disse, mas fico-me por estas. Eu respeito o senhor e acho que em termos de matéria das aulas, ele até tem relativo jeitinho para explicar as coisas, mas há temas sobre os quais eu não consigo concordar, como por exemplo, este. Não sei o que pensam, vocês, leitores, mas eu não consigo imaginar-me a ter um namorado só por ter (ou só por dizer que tenho namorado, para não parecer mal) e a procurá-lo no meio da população masculina de idade superior a 18 anos e 10 meses só porque não ter um namorado com as qualidades ideais (por muito totó ou parvóide que seja, afinal o que importa é TER um) faz de mim uma doente mental...

 

Mas a quem acreditar nestas exigências proferidas por um senhor com muitos mais anos de carreira que eu de vida - e se forem do restrito grupo de pessoas que encaixa nos parâmetros para ser considerado 'doente mental' - façam o favor de marcarem uma consulta no psicólogo mais próximo de vós e, se não conhecerem nenhum, falem comigo, que tenho os meus conhecimentos. (Que remédio!)

sinto-me: a lolar!
Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008

O achado que inspirou um pensamento #2 - o sorriso sincero que nos falta

Ontem no jornal "Metro" prendi a minha atenção numa carta de um leitor que abordava um assunto um pouco diferente do das outras costumadas cartas sobre as dificuldades financeiras do país/mundo, a má gestão do país pelos nossos queridos governantes e o facto de o número de assassínios e assaltos estar a aumentar assustadoramente depressa.

Basicamente, esse leitor falava da frieza, da indiferença, do afastamento que se apoderou, praticamente sem excepção, de todas as pessoas do mundo, o que se notava no facto de já praticamente ninguém dirigir ao próximo simples expressões como "Bom dia, como está?!" ou "Obrigado, tenha um resto de boa noite".

Eu concordei. Passamos uns pelos outros, corremos, trabalhamos, pensativos, apreensivos, ausentes, rabujentos, ocupados demais para oferecer seja a quem for mais do que um meio-sorriso amarelo de quem dá, apenas, a entender que "sim, eu conheço-te e tu a mim, b'dia, xau!".

Pessoalmente, esforço-me sempre por presentear todos quantos conheço ou com quem falo com um sorriso o mais sincero que me seja possível na altura. É certo que nem sempre estamos de bom-humor, mas não falo de rirmos ou fazermos rir constantemente os outros.

Falo de sorrir educadamente e desejar um bom dia, ou um bom fim-de-semana a amigos, professores, conhecidos, funcionários; Falo de acabarmos um pedido num café e desejarmos um resto de boa tarde ao senhor do balcão, a seguir a termos agradecido e pedido desculpa por termos deixado cair as moedas sem querer; Falo de irmos buscar umas fotocópias a um sítio extremamente longe, onde a dona do estabelecimento nos aborrece com os seus atrasos e mesmo assim lhe desejarmos um resto de bom dia, um bom fim-de-semana, porque foi assim que fomos educados e porque é assim que ganhamos o respeito daqueles que, por vezes, nem o merecem, por serem mal-educados e mal-intencionados para connosco. E a nossa vingança deveria ser, precisamente, ser educados, gentis e, por extensão, superiores.

 

A boa educação perdeu-se algures, por aí, no meio de toda a infelicidade e maldade para que o mundo está a caminhar. Já não é uma prioridade agradecer, pedir perdão convenientemente ou pedir licença para passar; já não é uma prioridade mostrar ao resto do mundo que a educação que os nossos pais nos deram está vincada na forma como tratamos todos com quem contactamos... Mas, certamente, a prioridade do momento é tratarmos de corrigir o destino infelizmente certo do mundo antes que seja tarde demais. Começando pelas coisas pequeninas. São os pormenores que, por vezes, fazem toda a diferença. 

 

Portanto, a todos um resto de bom dia e um excelente fim-de-semana.  

sinto-me: pensativa
Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

Pá, não há quem entenda...II

 imagem do site corbis.com

... o meu cabelo, de manhã. Eu lamento, mas é que há coisas que ultrapassam a minha compreensão!

Então se quando eu me deito, o meu cabelo está lindo, saído total e completamente de uma imagem mágica de anúncios a champôs - de tal forma que nem entendo como consegui pô-lo assim só com uma escova e um secador - como é possível que, pouco mais que nove horas depois disso, ele esteja cada ponta para seu lado, curvado idiotamente em sítios em que devia estar esticado e assapado em sítios onde o escovei elegantemente na noite anterior?! Poças! É de irritar uma pessoa!

 

 

 (imagem da Net)

Claro que, depois de me levantar, lhe passo furiosamente a mesmíssima escova que o dominou na noite anterior, mas já não funciona. A sério... às vezes parece-me que chego à conclusão que o meu cabelo tem mais vontade própria e uma personalidade bem mais forte e vincada que muita gente que conheço!...

sinto-me: (des)penteada
Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Pá, já não há quem entenda...

... a meteorologia. Nestes dias assoberbados de regresso à faculdade - sobre os quais tentarei falar um pouco mais, depois - tenho notado que, pelo menos cá no norte, seja na TVI, na RTP, na SIC, no Curral das Moinas ou outro, é cada tiro, cada minhoca... Só mesmo o canal da ARTv (pra quem não souber, é o canal da Assembleia da República) é que não erra nas previsões do tempo. Francamente, uma pessoa nem sabe que roupa vestir, nem que quantidade dela, nem se leve guarda-chuva ou chapéu de sol! E o processo de escolha da vestimenta e respectivos acessórios é muito dificultado pelo facto de acordar absurdamente cedo - ainda é de noite, lá fora - para chegar a horas ao trabalhinho. Bolas! Haja paciência! Ou melhor... previdência!

 

 

música: Imagine
sinto-me: confusa!
Sábado, 13 de Setembro de 2008

Curiosidades turísticas e um filme janota!

Eu nem sei classificar aquilo que pensei quando hoje, depois de me encontrar ao pé dos cinemas de um shopping com uma amiga que já não via há uns valentes tempos, três senhoras brasileiras nos pediram para pararmos e nos falaram com uns estranhos sorrisos divertidos.

Pensei que quisessem indicações - do género, onde é a casa de banho, ou assim, ou qual é o significado de trem ou pimbolim ou aero-moça em português - porque começaram por dizer "Discupi, minina", (eram brasileiras, né?!), "nós sômuis turístais". Mas depois, percebi que as indicações que queriam eram outras. Apontando para os pés da minha amiga, elas disseram "Tem umais bótais bem bonítais... ondji 'cê as comprou?!"... claro que a minha amiga ficou a olhar, boquiaberta, para as senhoras que só queriam saber das bótais dela, mas ainda conseguiu dizer "bem... bem, são da minha mãe... e... não tenho bem a certeza onde as aranjou..." e sorriu timidamente... as senhoras, agradeceram e manifestaram por sorrisos educados a sua pena em não conseguirem encontrar botas semelhantes! Enfim, depois de nos afastarmos, só conseguimos gargalhar e dizer, entre dois AHAH, "nunca imaginei que alguém nos parasse para perguntar algo assim!".

 

 

 

Bem, depois de uma horita de converseta, lá acabámos por ir ao cinema ver o Wall-E (eu estava ansiosa por vê-lo e com razão), filme que simplesmente amámos, do princípio ao fim, desde as cenas puramente hilariantes do simpático robot, aos trejeitos amorosos dos seus "olhinhos" expressivos, desde o seu romântico chamar pela robot que roubou o seu "coração", à sua relação de amizade com uma barata. Um filme lindo, antecedido de uma não menos linda curta-metragem extremamente hilariante e fenomenal!

 

 

  

Aconselho vivamente a todos que o possam fazer, que vejam este filme! É a prova de que estes filmes de animação estão em grande ascenção e que valem mesmo a pena o bilhete! Enjoy!

sinto-me: cinéfila
Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

Ainda na onda de quem está às portas do re-início das aulas sem nada que fazer...

...deu-me para ler os nicks e as mensagens pessoais que as pessoas escrevem no MSN, essa espécie de sala-de-estar virtual onde se conversa com os dedos e onde a ironia e o sarcasmo não têm pontuação nem bonecada passível de demonstrar a nossa expressão de gozo, o que gera muitos mal-entendidos, a menos que escrevamos à frente do texto algo como "loool, estou na brinca" ou "no gooozo!".

 

 

 (imagem da Net)

Portanto, em vez de admirar os quadros cá da casa, como vos contei no último post que andava a fazer, resolvi fazer um inventário mental das frases caricatas e expressões coloridas que o pessoal usa para demonstrar à comunidade virtual que já fez 'éne' anos ou meses de namoro, que continua de férias, apesar de faltarem 'xis' dias para regressar à ribalta dos tempos de trabalhinho duro, ou até mesmo que conhecem frases e ditos de gente importante que deviam estar na base da gerência da vida de cada um. E claro que ainda há os que transmitem expressões em línguas estrangeiras e mesmo línguas inexistentes, como é o caso da vossa Palavreadora, não percebem é que isso é estratégia para meter mais gente a falar connosco - quanto mais não seja, para perguntarem o que quer aquilo dizer.

 

E é com isto que acabo por me aperceber que, mesmo que não falemos com metade do pessoal 'online', 'ausente' ou 'ocupado', acabamos por ter uma ideia de como gira a vida de todos: as bonecadas e desenhicos que aquilo permite fazer nos nicks fornecem um leque inimaginável de expressões que podem ser transpostas para o ecrã, de modo a dar a entender o nosso estado do momento - e mesmo sem falar nem ver 'fulano' ao tempo, apercebi-me de que deve ter acabado o namoro com 'cicrano', devido à careta de choro que rabiscou no nick e ao texto triste que a acompanha, que mostra que o mundo pode muito bem ter parado de rodar.

Estamos na era da des-privacidade e não porque tenha sido imposta, mas porque queremos, porque vamos enrolados na onda da moda do momento. E, quer queira quer não, acabo por ser um dos conversadores virtuais com expressões curiosas no nick que acabam por relatar, em parte, um pouco do que eu sinto na altura. É um mau negócio para quem gosta de falar pelos cotovelos, como eu... Sê bem-vindo, futuro! (isto agora, sim, é mesmo só sarcasmo!)

sinto-me: bored!
Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008

Pró que me dá, às vezes...

Oh minha gente... isto deve, com certeza, ser falta de trabalho e excesso de férias, mas às vezes dá-me pra ter desejos esquisitos, como o caso de ter desejado intensamente, essencialmente no dia de hoje, ter um maninho ou maninha pequenitos com quem pudesse passar uns tempos divertidos ... até chegou a dar-me a vontade de ter uns maninhos para os mascarar! Dá para acreditar?!

 

 

 (imagem da Net)

Francamente, eu começo a ponderar seriamente recomeçar a trabalhar o quanto antes quando me apercebo que considero uma actividade interessante andar pela casa a admirar os quadros expostos nas paredes como se nunca antes os tivesse visto e quando chego à conclusão de que, dez minutos depois de ligar a TV, 99% dos programas que estão a dar serem já meus conhecidos por tanta vez eu os ter visto... e não falo de filmes, mas de séries, vários episódios de várias séries que, antes das férias, nem sabia que existiam.

É um pouco essa falta de equilíbrio que me enfurece... quer dizer, passo os meses dedicados ao estudo, portanto, os meses do ano lectivo, ferrada nos livros e nos trabalhos  sem conhecer patavina do que se passa nesse mundo da arte do cinema e das séries que eu tanto aprecio, enquanto que em tempo de férias, até se torna aborrecido e "bocejante" ver e rever tanta vez comédias, dramas e ficções de vidas que não existem! 

E, felizmente, em tempo de trabalho não tenho [muitas] vezes o tipo de reacção que me levaria a prevaricar em grande e a "visionalizacionar" as ditas séries em vez de estudar.

 

 

 

Ora pois muito bem... um outro argumento que prova estar aqui a minha pessoa a necessitar de regressar ao bem-bom do tempo de aulas é, precisamente, o nem tema arranjar para escrever com a devida frequência aqui no estaminé... pelo que se se re-iniciasse o trabalho escolar, talvez a vossa amiga encontrasse caricatas e narráveis situações que pudesse partilhar com os assíduos leitores. Portanto, a minha resolução é: ao trabalho! Venha ele! A faculdade, os amigos, o trabalho, venham eles! Chega de ócio e poucos afazeres! (Já estamos todos a prever que a Palavreadora-extremamente-assoberbada-de-serviço-de-um-futuro-próximo vai reler estas linhas com um olhar fulminante de quem pensa que a autora escreveu isto após três ou quatro garrafas de whiskie... )

sinto-me: preparada para o re-início
Quarta-feira, 3 de Setembro de 2008

Língua de "Perguntadora"

É certo que não é a primeira vez que me apercebo disto, mas a verdade é que às vezes caio em mim e tomo consciência de que parece que a 'idade dos porquês' chegou a mim e parou ali! Acontece que sou uma Perguntadora nata, minha gente! É a verdade. A toda a hora, em todo o momento, sobre todo o assunto, lá está a vozinha "olha, mas o que quer aquilo dizer?", e "mas então e isso acontece porquê?" e ainda "mas se assim é, porque é que ninguém faz nada contra isso?" e coisas deste género.

 

 

 (imagem da Net)

Outras fórmulas de questão são ainda "olha lá, quando eu era pequena, como é que isto ou aquilo aconteceu?" ou então "eu cheguei a fazer isto, quando era bebé?" e ainda "contas-me outra vez [entenda-se por 'outra vez' algo como 'pela milésima vez'] como é que isto aconteceu no vosso casamento?"... enfim... claro que uma das ocasiões que leva mais pergunta é nos momentos que antecedem as refeições, com a costumada "o que é que vai ser o almoço/jantar?"... já não é a primeira vez que recebo um "línguas de perguntador" como resposta. 

 

Pois foi numa dessas ocasiões que veio ao de cima uma situação passada por volta da altura dos meus meros dois aninhos de idade. 

Acontece que eu tinha uma cama daquelas pequenas, de grades branquinhas e edredão de enfeites rendados, que cabia, elegantemente, num cantinho acolhedor do quarto dos meus pais, mesmo ao pé da janela. Pois, naquela altura, pelos vistos, uma palavra que me caracterizava mais que bem era "madrugadora"... e lá estava eu, às 6, 7 da matina, a puxar com quanta força tinha - quase nenhuma - o estore da janela e a dizer, alto e bom som "xá dumi tudo!". 

Os meus pais, trabalhadores como eram - e ainda são - gostavam de apreciar o fim-de-semana no quentinho da cama por mais umas horas... pelo que, remédio santo foi mudar a miúda de quarto, fornecer-lhe quarto, cama, janela e mesinhas-de-cabeceira próprios, com o boneco preferido, o Vitinho, por companhia. 

 

 

 (imagem da Net)

E como, segundo a fiel descrição que recebeu aqui a Perguntadora, a minha pessoa de mais tenra idade resolvia, de manhã, gritar do quarto novo que já estava acordada, o meu pai não viu solução senão proibir-me de gritar antes das 9 da manhã ou até ele me vir acordar.

No dia seguinte, já proferida a dita proibição, acorda o meu pai com um gritinho falado pequeno a dizer "papááá...", ao que ele respondeu, zangado, "que é?!"... e a pequena: "que horas sãããooo?", (momento em que deve o meu pai ter pensado «ai, aquela miúda!...») "são 7 e 20 da manhã, e daí?!" perguntou, furibundo por ser acordado tão cedo, ao que, pelos vistos, a pequena que era eu respondeu "e daqui também!", voltando-se na cama para voltar a dormir! Enfim... é no que dá fazer tanta pergunta, acabamos por descobrir que a nossa infância, por vezes, pode ser reduzida ao que, normalmente, apelido de "totozice aguda".

 

E quanto a vós, caros leitores? Têm episódios caricatos na vossa infância? Também são senhores de uma língua de Perguntador? Ou isso é só defeito aqui da vossa Palavreadora? (Se bem que eu nem lhe chamaria bem defeito... é, antes, feitio!)

Segunda-feira, 1 de Setembro de 2008

A moda e a beleza e o amor da Natureza!

Gente, façam lá o favor de me permitirem um daqueles devaneios com um quê de futilidiade à mistura quanto à despedida final das férias de Verão - que se aproxima, célere, por uma auto-estrada sem limite de velocidade máxima.

 

 

 (imagem da Net)

Apesar de apreciar mais o Inverno do que o Verão, o que mais me agrada neste último é mesmo... o vestuário. A sério, gente... tenho uma colecção razoável e coloridamente divertida de vestidos frescos e janotas que me dão um gosto imenso vestir. Eu sei que é um cliché dizer isto - e o sentimento, esse, já devia ser mais que ultrapassado, provavelmente - mas sinto-me uma autêntica princesa com eles vestidos.

 

 

 (imagem da Net)

O Inverno, como mais rigoroso que é, traz sempre o desconforto das camisolas mais grossas, dos cachecóis, das luvas, dos gordos e grandes casacos, das botas (por vezes, molhadas e enlameadas), dos guarda-chuvas revirados com o vento... enfim... um sem número de coisas que, à primeira vista, serviriam p'ra todo e qualquer um referir "bem, a miúda, com estas futilidades todas à moda de Rebelde Way ou Morangadas, detesta o Inverno"... mas não, meus senhores.

O Inverno e eu é que estamos bem um para o outro. Apesar de todos os senãos - e de eu proferir a maior parte dos impropérios permitidos a uma miúda rigidamente católica nesta época do ano, devido a chuvas, molhas, ventos e etecetras - o Inverno, com o seu encanto natural de quem consegue mostrar o poder da Natureza através de uma singela Estação, fascina-me. E não falo só do Natal, ou do facto de pelo meio estar metido o meu aniversário, ou dos meus amigos, mas falo daquilo que é característico do Inverno e que, ao ser denominado de "senão" se torna, ao mesmo tempo, num belo e dançante festival da Natureza.

 

 

(imagem da Net)

E então se nevasse!... Ai, se nevasse, quanta da minha alma não poria eu em horas perdidas à janela em puro amor pela visão que me seria dada! Quanta da própria neve não seria eu mesma a rir e saltar de alegria sincera pela demonstração de afecto que a Natureza tem para connosco e que transborda através da beleza singela e humilde dos elementos!

Eu tenho tendência a esquecer os contras e os riscos e só a voz da razão na forma do meu pai me traz de volta à realidade quando ele me diz, em tom seco, "já imaginaste os acidentes com os carros e tudo o resto, por causa da neve?!". É verdade... nem toda a decoração gloriosa de uma Estação pode aparecer sem os seus prejuízos...

 

Portanto, talvez eu não chore assim tanto a despedida do Verão e das roupas frescas, coloridas, felizes, leves e calmas. Talvez o Inverno traga, mesmo, como benefício o facto de me providenciar momentos de frescura, cor, felicidade, leveza e calma!... Juntamente com todos os outros de fúria, medo, aborrecimento e nervosismo. Porque acredito que, tal e qual a real Natureza e toda a magia que, em conjunto, os seus elementos criam com toda a sinceridade, somos mais verdadeiros connosco mesmos e com os que nos rodeiam quando todas as sensações podem passar por nós e transbordar, como seres de sentimentos que somos, criando, com humildade e sensatez, aquilo que é o melhor de nós que podemos dar ao Mundo e que, para mim, é o cerne da identidade do Ser Humano.

sinto-me: já invernal
Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008

Verão com "cheirinho"... a comédia fatela!

Pois bem, pessoal, o pior foi mesmo o dia 23 de Agosto, sábado. À parte desse, todos os dias foram especialmente bons, e digo "especialmente" porque acarretaram consigo sempre aquele momento peculiar que fez de cada dia algo memorável - como o jogar matraquilhos com a famelga toda, mesmo tendo perdido...

O dia 23 de Agosto, no entanto, ficou-me gravado a fogo na memória pelas coisas negativas que aconteceram... fez-me, literalmente, ranger os dentes de frustação!

 

 

 (imagem da Net)

1. Acontece que acordei incaracteristicamente mal disposta, assim num jeito de mau humor contra tudo o que fosse ao contrário do que eu apelidaria de perfeito... o que nem é, de todo, meu, porque nos dias mesmo bons, costumo acordar a cantar. A má disposição chegou mesmo a levar-me a uma pequena discussão sem importância com a minha querida mãezinha, mas a coisa, como de costume, passou depressa;

 

2. Fomos - eu e a famelga - até à praia, onde a manhã até nem foi mal passada... um solzinho mesmo de Verão, daqueles de tostar uma pessoa até deixar a pele da cor saudável do moreno-de-meter-inveja, a água do Atlântico a uma temperatura razoável e um passeiozinho higiénico à beira-mar que teve como um dos muitos benefícios melhorar o meu humor.

Acontece que chega a hora de partir (que aqui a dona do estaminé é apologista de defender o corpinho das horas perigosas de sol abrasador), já estava eu mais animadinha, quando reparo que na areia está uma coisa de forma e cor estranhas, de tal modo que não onseguia o meu pobre cérebro discernir nada, na sua memória, que a semelhante fealdade se associasse. Portanto, se isto não vai de vista, vai de faro, pelo que foi através do meu nariz que me apercebi tratar-se aquilo de dejectos, fezes, massas fecais, excrementos, imundície, esterco, a letra "éme" seguida de quatro asteriscos, chamem-lhe o que quiserem, aquilo era mesmo cocó e cheirava muito mal. Cheiro esse que, diga-se de passagem, se me entranhou nos pés, nas mãos, no corpo, na roupa, inflitrando-se de tal maneira no meu querido nariz, que ameacei começar a chorar de nojo, repulsa e irritação pelas pessoas insensatas e tolinhas que levam bichinhos-ladrantes para as praias e escondem os seus 'presentes' na areia - isto presumindo eu que a porcaria fosse de canídeo.

 

                                (imagem da Net)

 

3. Cheguei a casa furiosa e ansiosa por me enfiar na banheira e encharcar-me de água e sabão. Foi o que fiz, depois de atirar ao meu pai um rápido "ligas-me o gás, por favor?!" e correr desesperadamente escadas acima.

 

 

                                    (imagem da Net)

Pois bem, meus amigos... não é que, no meio do banho, naquele lusco-fusco entre estarmos cobertos de espuma e sabão da cabeça aos pés e ligarmos a água para os retirarmos, se acaba o gás?! Ligo eu o jacto de água, espero e espero que aqueça e nada! Lá tive de gritar pelo meu pai, que me gritou em resposta, do andar de baixo, que ia mudar as botijas de gás, enquanto eu esperava ao frio, encharcada e cheia de espuma, que a água aquecesse. Garanto-vos... alguém do Departamento de Escarnecimento Social e de Tortura Individual de Natureza Ordinária (D.E.S.T.I.N.O.) esteve muito ocupado nesse dia, a infernizar-me o juízo. Tenho, mesmo, a convicção de que um ou outro funcionário desse Departamento tem a função específica de tirar um dia por mês ou por ano para, mesquinhamente, nos fazerem perder as estribeiras!

 

4. Por fim, é ao sábado que passa, na TV, uma das poucas série que gosto mesmo de seguir sem perder pitada de nenhum episódio - nomeadamente, a segunda temporada da série Heroes.

 

 

 (imagem da Net)

Sim, o que estão a imaginar aconteceu mesmo... o tal Departamento tem fulanos inflitrados nas estações televisivas, claro! Portanto, a cerejinha no topo do bolo apimentado daquele dia desesperante foi mesmo a TVI ter escolhido esse preciso sábado para não passar a série... ora, eu que já tinha esperado uma semaninha inteira para ver a continuação da história e que já estava com os nervos em franja por causa de tudo o resto... fiquei pior que estragada! Livra! Que raiva!

 

Mas bem... este foi mesmo o pior dos dias. E recordo-o amarga mas claramente, essencialmente por ter sido o único dia repleto de tanta coisa maléfica, que obliterou, por completo, qualquer coisa boa que possa ter sucedido no entretanto desse dia de infortúnios. Portanto, 'tá-se mesmo a ver que o resto do Verão passado à beira-mar foi excepcional, pelo que dou graças a Deus... imaginam a neura com que eu não estaria se todos os dias tivessem sido como esse sábado de Agosto! Credo, gente! Batam na madeira! Que o tal Departamento seja cego, surdo e mudo!!

sinto-me: a rir-me da situação
Domingo, 3 de Agosto de 2008

Despedida das férias de Verão, take 1, em 3...2...1... ACÇÃO!

Pois é verdade... chegou o momento das lágrimas pesadas, dos gritos lacinantes de genuína e profunda dor e do pasmo paralisante... da minha parte, claro, porque vou passar um mês inteirinho sem poder postar no meu querido cantinho, sem ter possibilidade de comentar, ler ou visitar aqueles blogs mais queridos que constam da listinha ali do lado esquerdo, e tudo porque as férias, como de costume, passam-se num sítio remoto totalmente a leste da civilização e de qualquer tipo de tecnologia avançada - pessoalmente, julgo que é o tipo de sítio em que "tecnologia avançada" é sinónimo de "torradeira".

Portanto, a maneira que vou ter de arranjar para ter notícias é à moda antiga - TV e jornais. Ok, talvez a TV não seja tão antiga assim, mas é mais lenta e espalhafatosa (do género do telejornal da TVI) que consultar uma página na Internet e ficar a saber tudo em menos de nada.

 

Quanto aos meus queridos leitores... lá vos peço que esperem este mesito por mim, que compreendam o meu silêncio, mas quando voltar estarei pronta para ver as novidades que me tiverem passado ao lado neste restinho de Verão!

 

Desejo a todos umas fantásticas férias! :D

 

Sinceramente,

Palavreadora

 

sinto-me: de férias!
Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

No que pensamos quando temos um "bicho" de tamanho monumental

  

A minha querida Samira, já vos tinha falado dela, sendo a estrela cá da casa, não é, por isso, menos palerma do que aparenta ser, como podem ver pela foto. Digamos que, às vezes, me apanho a olhar para a criatura e a pensar como será possível que alguém possa existir quase totalmente à margem de regras e ainda assim viver à grande e a francesa, com todo o luxo e necessidades (básicas e não só) supridas. Ela dorme, come, dorme, "deixa presentes" e dorme. Só. Pura e simplesmente.

Não lhe é exigido que proteja a casa, não lhe é exigido que cumpra à risca as regras mais tolas - só aquelas essenciais à co-habitação de três seres humanos e um "bicho" - não lhe é exigido que 'o' faça mesmo no jornal, se for na zona paralela aos periódicos, num raio de meio metro, já é considerado bem feito. É uma miúda de sorte.

Até nas viagens... comprou-se-lhe um reboque jeitoso, espaçoso, mas a menina reparou que não se dá bem com tratamento abaixo de realeza... pelo que já conquistou (com aquele tamanhão) o seu lugar ao sol dentro do carro, mais propriamente ao lado do banco onde geralmente vou eu sentada. Tudo bem, eu gosto da miúda, porque não deixá-la ir deitada a ocupar quase três lugares à minha beira? (Pergunto-me como seria se pagasse bilhete... era capaz de me rosnar se lhe dissesse que tinha de pagar três).

 

 

A viagem deste ano, penso eu, também vai ser ao género preferido de Sua Canileza. Quanto a mim, já me sentei à frente dela e propus-lhe seriamente que se deixasse ir num saco dos correios até ao ponto de chegada. Garanti-lhe que eu mesma punha o selo de "Correio Azul" com o aviso à frente "Se ladrar, não ligue"... Claro que na zona (da) traseira teria de escrever "Frágil... não cheire!".

Ela não foi nessa. O problema dela continua a ser o de ser minimamente inteligente para olhar para mim com ar palerma e ofegar exageradamente, com a língua de fora, sempre que lhe faço propostas destas.

Não sei bem... mas talvez seja por esse ar apalermado que eu gosto tanto dela.

sinto-me: uma dona babada! :D
Domingo, 27 de Julho de 2008

Como arranjar bons filmes ao fim de semana

Hum... será impressão minha ou, ultimamente, não há uma quantidade razoável de filmes janotas em que perder tardes inteiras de fim-de-semana? Francamente, quando eu era mais piquena, recordo-me vagamente que os filmes eram mais jeitosos - ou talvez eu diga isto por as películas que passam hoje em dia na TV serem exactamente as mesmas de há dez anos atrás, quando os vi pela primeiríssima vez. Pois, lá vem o problema recorrente da repetição constante.

 

                        (imagem: direitinha da net)

 

Mas, basicamente, parece sempre que é tudo do contra. Se, por alguma razão absurda, eu tivesse o fim-de-semana ocupado (essencialmente com algo relacionado com estudo intensivo para a faculdade), de certezinha que os filmes seriam, em todas as estações, sérios ou fantasticamente cómicos, interessantes e de suspense, estreias imperdíveis ou repetições apetecíveis.

Chego, às vezes, a ganhar uma vontade de pisar o chão com força, a fingir que vou sair de casa com pisadas audíveis, fechar a porta de casa com estrondo, para depois correr à TV para confirmar os filmes dessa altura... sou capaz de jurar que estaria algo de jeito no ar.

 

 

                             (imagem: direitinha da net)

 

Sim, provavelmente já muitos chegaram a esta conclusão e até já chegaram ao ponto de ver os filmes do fim-de-semana acompanhados dos livros de estudo, dos impressos do IRS ou do computador ligado no site da empresa, mesmo em tempo de férias... a ver se me lembro, na próxima semana, de pegar nos livros de Anatomia e pô-los bem esparramados à frente do ecrã e uns quantos de Bioestatística (para dar um ar sério à coisa) no meu colo. As pipocas, essas escondo-as, mas acho que vou precisar delas, que com estas técnicas, filmes dos bons estão garantidos, de certezinha.

sinto-me: cinéfila, mas pouco LOL
Sexta-feira, 25 de Julho de 2008

Infantilidades à parte...

Tenho andado espantada comigo. Há dias, deu-me para pegar numa colecção de livros velhotes que tinha cá por casa, de chamativo título "Alice", que contam a história de uns poucos anos da vida de uma miúda de doze anos que, apesar de tudo, acaba por ter os problemas, pensamentos, sensações e desastres que uma miúda de dezoito. Digo isto porque eu própria tenho acontecimentos, sonhos, desgraças e ilusões semelhantes ao que a autora resolveu incrustrar nos poucos e fictícios anos de vida da Alice.

 

 

Às tantas, dei por mim a abanar a cabeça por estar a ler livros de tal modo infantis (descobri, mais tarde, com um revirar de olhos, que na contracapa dizia "a partir de 13 anos"), mas eram de tal modo viciantes, que li tudo de uma vez - são tão finos que se lê um, com facilidade, em poucas horas - e só parei no quinto da colecção porque não tinha mais. Apesar de corar de cada vez que me obrigava a lembrar que são mesmo livros para crianças, não pude deixar de dar valentes gargalhadas com as piadas jeitosas e sarcasmos bem acomodados lá por dentro. Tal como não deixei de chorar desalmadamente - e com toda a razão - no final do quinto livro.

 

 

Chorei porque foi tão afiada a crítica, a lembrança, até, dos problemas de muitos jovens de hoje em dia, que nem me apercebi bem do que estava a acontecer, até compreender que, num livro até então totalmente infantil e doce, tínhamos chegado à parte em que era necessária uma intervenção mais forte para dar a entender que isto acontece mesmo!  

 

Uma das personagens - uma rapariga carente, gordinha, triste, maltratada pela mãe e com a horrível culpa, no peito, de ter nascido como filha indesejada - resolveu pôr termo à vida, nas palavras da autora, sendo «colhida por um comboio» (detestei a expressão, mas nessa altura já eu estava num pranto infindável), por preferir a morte a uma vida que, afinal, nem vida era.

E agora pergunto eu... quantas crianças haverá por aí que escolhem, talvez diariamente, entre a vida e a morte tão levianamente como se decidissem entre café ou chocolate? E a verdade é que, no meio da falta de vida, amor e tudo o que necessitam, acaba por fazer sentido a existência do ter de escolher. E o que assusta, o que me choca e enfurece, é que não é delas, das pobres crianças, a culpa do terem de escolher. É de quem lhes inferniza a vida... é de quem lhes põe, no prato da balança que pende para o término da vida, todas as razões e mais algumas para não existirem. 

 

Pergunto-me o que pode uma pessoa como eu fazer contra algo assim. Provavelmente há muitos que dirão "cuida bem dos teus filhos para nunca terem de sofrer essa escolha ou a pior resolução dela" mas... e todos os outros piquenos que não têm quem os guie? Sinto-me triste, furiosa, enojada com o mundo em que vivemos... e mais irritada ainda com o pouco que posso fazer para melhorar situações como esta. 

sinto-me: triste e furiosa
Domingo, 20 de Julho de 2008

Pah, não entendo...

Ainda estou para entender o porquê de a vontade e o ímpeto que por vezes tenho de escrever freneticamente um grande de um post janota serem acompanhados de uma momentânea falta de tema, numa "branca" da memória que me deixa nervosa, a ponto de gritar com a cadela por respirar demasiado alto, ou ao ponto de visitar centenas de sites para encontrar sobre o que escrever. Portanto, o facto de estar aqui a teclar, neste momento, conta, apenas, como boa intenção, apesar de ser uma miúda de férias desde finais de Maio. É verdade. 

 

 

 

No entanto, experimentem estar de férias desde há dois meses, mais coisa menos coisa, enquanto o resto da família se esfalfa a trabalhar, e perceberão que pouco mais há a fazer, em casa, sem ser ver tv durante horas seguidas, ler, e pasmacear absurdamente por aí... é triste, mas é a vida, em férias - qualquer tipo de inveja que esteja a provocar com este texto é pura coincidência.

 

Sei de muita gente, gente ainda trabalhadora, que olharia para mim com cara de "andas a beber uns copos a mais" (com o que eu responderia com uma resmungona cara de "não é nada, se prestasses atenção vias que eu tinha razão") e que provavelmente seria capaz de enumerar, na coisa de poucos segundos, uma série de 32 coisas que  poderia fazer melhor se estivesse de férias.

 

E conheço ainda muito boa gente que olharia para mim de alto a baixo e diria "vai trabalhar, vadia, que a vida não se faz pensando na morte da bezerra". Eis uma verdade. Mas, dado os problemas que  me têm afectado a vida, ultimamente - e, garanto por todos os santinhos, que eles escolheram estas férias para se acumularem - não teria lógica eu entrar num emprego para aprender a executá-lo no início das férias, para parar a meio e regressar, depois, por umas semanas, até ir de férias com a famelga. A vida é lixada. Ao menos, enquanto trabalhamos, temos a certezinha do que fazer dia-a-dia, sem ser enfardar aperitivos à frente do televisor.

 

 

 

Concluindo, considero ser este o meu contributo à sociedade: ter encontrado aos trabalhadores a razão para ainda estarem a trabalhar e não de papo para o ar na cama, às 11 da manhã. 

 

 

Fui mázinha, não fui?!...  eheh

sinto-me: mázinha LOOL
Segunda-feira, 7 de Julho de 2008

Olhó que a saudade trouxe de volta...

Já tinha saudades de falar de um assunto muito querido e recorrente aqui no blog: cinema!

Estava curiosa e até ansiosa de pôr o olho em "Hancock". Perguntava-me se iria sair do cinema com aquele sorrisinho cinéfilo natural de quem achou a coisa muito boa ou se iria ser (mais) uma chachada das muitas que parecem aparecer nas salas de duas em duas semanas.

 

 

Bem, desilusão não foi! Gostei especialmente da escolha de (janota do) Will Smith, que, na minha opinião, protagonizou um filme com a dose certa de acção, piada e surpresas à mistura. Saí do cinema com a satisfaçãozinha-do-filme-que-valeu-a-pena e ainda com a satisfação acrescida de que a famelga parecia não ter desgostado! O que é bom, numa famelga de gostos complicados no que toca à 7ª arte.

 

Conclusão das conlcusões, dou-lhe um 7,5/10. É um daqueles filmes janotas, de história e actores janotas e com um final catita que, por momentos, me fez semi-cerrar os olhos e pensar "calma lá, isto não vai acabar mesmo assim, pois não?!". Aprovado! 

 

sinto-me: cinéfila!
Terça-feira, 1 de Julho de 2008

Profissão: Santo Escritor de Vida

Porque será que a vida nunca corre como a delineamos? Ok, ok... não estou à espera que tudo o que sonho se torne realidade, nem tenho expectativas eleavadas por aí além de que tudo o que desejo venha a ser possível... Mas também não esperava que tanta coisa "menos boa" me caísse assim nos ombros, de repente. E digo "menos boa" pelo medo de poder, eventualmente, algo pior chegar - batam na madeira! - e nesse caso, talvez eu chegasse a utilizar o termo "coisa má".

Chega a ser cruel da parte do destino encavalitar, com tanta falta de sensibilidade e tacto, tanta coisa uma a seguir à outra... se me esforçar sou quase capaz de o ouvir gargalhar na minha cara confusa.

 

Não, não sou de acreditar que a nossa vida está toda escrita como vai acontecer, de trás para a frente... sou, antes, de acreditar que cada pedaço da nossa vida está escrito e pode ser re-escrito conforme as escolhas que fizermos, os passos que tomarmos e os caminhos que palmilharmos. 

Pois bem, os tempos recentes provam que o santo encarregue de escrever a minha história era provido de um sarcástico sentido de humor. Talvez me tenha calhado o Shakespeare dos santos, no que toca ao dramatismo da entrada em cena de cada problema, mas, pessoalmente, não estou a gostar muito do Acto actual. Por favor, que se resolvam os tais problemas, que se feche o pano, façamos um pequeno intervalo, e re-inicie-se a vidinha boa e despreocupada... num género de mais Comédia romântica e menos Drama. Obrigada.

 

Uma pequena nota ao tal santo que se esmerou na imaginativa história da minha vida: estou profundamente agradecida por, a rasgar a chuva e as negras nuvens, estarem os raios de sol, mais luminosos e quentes que nunca - sejam na forma da minha família ou dos amigos.

Quanto aos problemas que me colocou: pretendo superá-los a todos heroicamente e demonstrar que sou digna do papel de protagonista nesta história. Pois, até ver, quem ri por último é o que ri melhor. 

sinto-me: com esperança!
Segunda-feira, 11 de Junho de 2007

Nunca é um fim!

 

Ora pois muito bem!

  

A pedido de uma grandessíssima maioria dos meus leitores e queridos fãs, aqui estou eu uma vez mais para regurgitar às teclas e às mentes menos sãs que ainda visitam este blog, um pouco de uma parte desta vida de miúda adolescente e já cansada do quotidiano escolar.

 

 Ah, mas é verdade! O ano acabou!

 

E com ele vêm os exames, [as férias!], as aulas extras, [os bons filmes em inglês à noite!], a Mariazinha praticamente todos os dias, [a praia!], a saída das notas, [o cinema com os amigos!], o ter de decorar livros inteiros e saber mais sobre a fragmentação de Fernando Pessoa, enfim!... todo um conjunto exorbitante de prós e contras sobre o terminar de um longo ano lectivo que dariam o seu prórpio programa de televisão! 

 

Mas nem tudo o que é mau dura 'pra sempre e nem tudo o que é bom sempre acaba! Na realidade, não me imagino a viver sem a maior parte das pessoas das quais o destino me obrigou a separar, ao longo desta ainda curta vida! É verdade que eu e esse tal de destino ainda temos umas contas a ajustar, essencialmente devido àquele rapaz giríssimo que vi no outro dia e que não pude conhecer, mas fora isso, esse senhor destino até tem sido mesmo um mãos-largas cá 'prá je, porque conheço pessoas fantásticas que mantêm relações de amizade fantásticas com a minha [fantástica] pessoa e das quais não tenciono "deslargar-me" tão cedo.

 

Portanto, e àquelas pessoas que julgam que "uff, o ano acabou finalmente, nunca mais vou pôr a vista em cima daquela miúda, vou mas é tratar-me psicologicamente do facto de a ter conhecido", desenganem-se! Não vão livrar-se assim tão facilmente aqui da pessoa na forma da vossa amada *Palavreadora*! Tenho dito!

  

Quinta-feira, 10 de Maio de 2007

"Chegue-se mais, menina. Deixe-se guiar, que eu conduzo!"

... e isto dito por uma voz masculina, grave e sensual!

 

Pois... e quem estiver praí a pensar segundas coisas, dessenganem-se. Isto aqui é das frases mais concorridas quando experimentamos abanar um quito o capacete ao som de um sensual tango, de um extrovertido merengue ou ainda de um louco cha-cha-cha. E o locutor da oração era um velhote entre as 50 - 60 primaveras que tinha mais genica nas pernas e braços enrugados que eu, fresca e jovem, no corpo todo. Mas sempre me esforçava.

 

 

 

Sim, sempre me esforçava, não era como certas e outras pessoas que não atinavam com os passos e as reviravoltas e diziam: "Ah, e tal, isto tango não é comigo." ... SEI! "Ah, e tal, e porque não é jovem... eles dançam, dançam, dançam, não vejo ninguém fazer nada, fico chateado, com certeza que fico chateado!"   

 

Enfim... oxalá o maior problema do mundo fosse alguém não conseguir abanar a anca enquanto abana os joelhos como se estivesse a correr desenfreadamente sem sair do mesmo lugar... eu confesso... esse é o meu problema... Por isso é que sempre que um velhote me dizia para me deixar guiar eu nem dizia nada, embora eles percebessem depois... se eu me deixar guiar e não olhar fixamente os pés... acabo a pisar alguém, ou seja, o meu par... "ah, e tal e porque é jovem..."

 

Oxalá fosse este o maior problema da humanidade....

 

Terça-feira, 8 de Maio de 2007

Pois é, a vida é mesmo assim, nunca ninguém disse que isto ia ser fácil...

Quando tava pra nascer e falei lá com a congregação dos santos que nos trazem à Terra, pra ver se trazia os vistos em ordem e o passaporte relativamente legal, nunca ninguém me disse que ia chegar uma altura da vida em que a gente se tem de levantar às 7 horas da matina, pouco depois, pra pôr o rabiosque sentado durante horas numa sala de paredes amarelas a ouvir "pessoas crescidas" dissertarem sobre poluição e o facto de irmos todos, inevitavelmente, morrer - seja de um cancro qualquer ou do ozono troposférico - ou sobre números imaginários e complexos, como se a vida não fosse, por si mesma, tão irreal quanto pode ser.

 

  E também não me disse o santo, no balcão de atendimento, que ia ter de esperar 18 minutos todos os santos dias que quisesse ir de metro pra casa, enquanto passam todos os metros e mais alguns para todos os sítios e mais alguns, para meu desespero e para desespero da pessoa na forma da Ana Clara, esse exemplo de boa rapariga.

 

  

Muito bem. Eu não me queixo. Volta e meia, os santos também não me avisaram que ia nascer com os melhores pais do mundo e volta e meia, também não me avisaram que ia nascer com possibilidade de fazer descer da congregação dos santos uma outra vida. Isso é das coisas mais belas que temos, não?

 

E é claro que, volta e meia, não me avisaram os aureulaicos senhores que iam entrar na minha vida pessoas tão maravilhosas como são aquelas que conheço - como a minha patruska e aqueles amigos chegados, muuuuito chegados - nem tão pouco me alertaram que a vida ia dar voltas de 180º todos os dias e nos afastava dessas pessoas quando menos queríamos. Por esta, estou a pensar fazer queixa da congregação, quando o buraco na camada de ozono me mandar desta pra melhor.

 

Por isso, estou a pensar aproveitar mesmo bem todos os pequenos prazeres da vida para poder dar o melhor dela e de mim e para poder fazer uma descrição pormenorizada aos senhores do departamento de Passaportes prá Vida, e mostrar-lhes que, mesmo sem estar avisada, fiz desta vida algo memorável. Julgo que é esta a minha "vingança"!

 

 

 

 

A todas as pessoas, aos meus leitores e fãs pelo mundo fora, :), desejo uma excelente vida!

    

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