Quinta-feira, 15 de Maio de 2008

Palavreados Aleatórios V - História de um Crime

O inspector X. olhou, soturno, para o edifício grande e imponente, marcado pelas grandes formas em néon de um vermelho quase sanguíneo, brilhantes, cativantes, inspiradoras, chamando a atenção, em  letras retorcidas, para a "Casa da Arte, da Música e do Espectáculo".

Ao entrar, deparou-se com a usual sala de espectáculos, de cadeiras vermelhas alinhadas, em frente ao palco largo, de cortinas fechadas.

 

 

Os polícias A., P., L., e J.T., de olhares sonolentos, patrulhavam o local, mantendo-se longe de uma zona rodeada por fita amarela, situada no centro do palco, à frente da cortina de veludo, com os dizeres característicos: CRIME SCENE DO NOT CROSS.

 

 

O inspector X. aproximou-se do local vedado, olhando, atento, para as pautas de folhas de papel brancas, impressas com imensas pintas indistintas, incompreensíveis, cujos cabeçalhos apresentavam o imponente nome de Bach,   espalhadas pelo chão de madeira cuidada, ao pé da estante prateada. Prendeu, depois,  a sua atenção num homem baixo, de cabelo escasso e branco, de fato preto elegante e bem tratado.

 

 

O homem estava sentado, ao canto do palco, com a cabeça entre as mãos e o belo violino de madeira escura repousado ao lado, no chão.

O detective K. aproximou-se por trás do inspector X., abanando a cabeça, proferindo em voz baixa a conclusão grave de um crime horrendo. 

- É o principal suspeito e parece que já confessou. Vou ler-lhe os direitos.

O inspector X. acenou, autorizando. Mirando, mais uma vez, o homem de faces arrependidas que dois polícias levaram, algemado, e os desenhos a giz que um técnico fazia, no chão, com a forma das pautas caídas, o inspector pensou o que mais a sua profissão o obrigaria a ver, quando já havia conhecido o homem que assassinara uma música.

sinto-me: criminologista!

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